Entrevista com uma baita de uma pessoa (Eliane Brum):
Primeira parte: Aqui, dentre outras coisas,você descobre que escutar de verdade é uma postura pessoal que lhe enriquece se transcende o utilitarismo nas suas atividades profissionais; http://www.youtube.com/watch?v=rln0WqI6tI8&feature=relmfu
Segunda parte: Aqui, dentre outras coisas, você aprende que contar a verdade, se for uma única verdade dentre as tantas verdades que a circundam, equivale, embora não seja, a uma mentira ; http://www.youtube.com/watch?v=26shR0oQ2Is&feature=relmfu
Terceira parte: Aqui, dentre outras coisas, você pode ver ou rever o fato de que 'grandes' pessoas não só admitem seus erros, como gostam e precisam muito dessa atitude; http://www.youtube.com/watch?v=DBenfWmTTu8&feature=relmfu
Quarta parte: Aqui, dentre outras coisas, aprendemos que as pessoas com as quais nos relacionamos são mais importantes do que objetivamos delas por obra de nossa profissão; http://www.youtube.com/watch?v=Q5Pi35pB0ds&feature=relmfu
Quinta parte: Aqui, dentre outras coisas, ficamos sabendo de uma galinha de verdade que foi flagrada em atitude suspeita e presa pela polícia; http://www.youtube.com/watch?v=XZISVP78NoI&feature=relmfu
Sexta parte: Aqui, dentre outras coisas: suas histórias provocam os nossos próprios constrangimentos, ela, como escritora, dá a mão ao leitor, mas para passar em lugares estranhos e difíceis; http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=DIf2X6oq8EM
Enfim, espero que gostem.
PS. Se o link não funcionar, copiem e colem no navegador.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
""Inteligentíssimo. Mas desonesto."
(Visão literária do escândalo da Operação Monte Carlo e dos questionamentos feitos por alguns parlamentares ao Procurador-Geral da República)
(Local, 'Delegacia de Polícia', com uma balança da justiça de cabeça para
baixo, na parede do fundo. Na sala, dois criminosos, com máscaras mas muito bem
vestidos. um deles com pinta de delegado, sentado a mesa. O outro em pé ao lado
do interrogando, o PGR.)
- Nome?
- Roberto Monteiro Gurgel.
- Profissão?
- Procurador-Geral da República.
- Pois bem cidadão. Recebemos uma denúncia aqui de que o senhor anda
investigando...digo, não anda investigando crimes que deveria
investigar...
- Eu não entendo... O que está acontecendo aqui?
- O senhor está sendo acusado e deve responder às perguntas. Queremos
ouvi-lo...
- Mas vocês não são da polícia, nem do ministério público!
- Isso não vem ao caso. O senhor tem que falar porque não investigou esse
caso.
- Mas eu investiguei...os inquéritos e as medidas policiais e judicias
foram e estão sendo adotadas... Eu não conheço vocês de algum lugar?
- Não.
- Acho que conheço sim... de um processo talvez... vocês não têm amigos
naquele processo...
(safanão)
- Presta atenção que podemos lhe prejudicar muito, a você e a sua família,
é melhor não mexer com a gente... O senhor sabe que temos muito interesse nessa
investigação. Essa sua postura é muito grave.
- Eu ainda acho que, como Chefe do Ministério Público Federal e como
titular desta ação, era eu que deveria estar fazendo as perguntas a respeitos
dos crimes cometidos... Mas vocês acusarem o acusador é um absurdo. Um amigo
meu, gaúcho, diria que em horas como essas parece que são "os postes estão
mijando nos cachorros".
- Discordo. Nós sacamos primeiro e o convocamos antes. Quem mandou
demorar...
- Eu estava investigando e processando, como sabem, isso é muito
trabalhoso. Vejam por exemplo esse caso do mensalão, são milhares e milhares de
documentos...
- Não mude de assunto, nós que o estamos interrogando agora!
- Tenho uma curiosidade: como vocês conseguiram marcar esse
interrogatório?
- Mágica! Mas falando sério, não concordas com a gente que é uma ótima
estratégia essa de interrogá-lo logo agora que estás avançando no trabalho? Como
tem um monte de gente na lama, o público vai achar que você é mais um... e aí
nossos amigos escapam.
- De fato, é inteligentíssimo. Mas não é honesto.
(PGR levanta-se. Interrogadores surpresos.)
- Bem... Desculpem-me, mas eu preciso continuar o meu trabalho.
(PGR sai)"
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quinta-feira, 3 de maio de 2012
Conhecendo a floresta - Parte I
Num belo dia eu a vi como nunca mais veria. Tudo começou quando, corajosa e despretensiosamente, eu me afastei do centro da cidade, onde morava, e caminhando, e pensando, num liiiiiindo dia de sol, fui dar nos arredores da cidade.
Foi sentado num café, quando as leituras já não me distraiam, que levantei lentamente meus olhos e a vi, a mulher mais bela que eu havia visto neste mundo. Ela estava parada a minha frente, a uma certa distância, mas a sua presença era tão extensa que mesmo a essa distância me chegava o seu cheiro. Eu nunca havia sentido nada igual, não se tratava de um bom perfume qualquer, mas era o odor natural de uma virgindade, inconfundível, que não fazia sentido algum em estar ali, naquela parte da cidade.
O sol a iluminava toda. E eram tão perfeitas, sinuosas e harmônicas as suas partes, que eu só sabia que ela as tinha por obra intelectual, pois olhando para ela, dessa vez eu não via partes. Juro que mal vi os mais maravilhosos seios e o templo da bunda com os quais a mãe natureza havia presenteado esta filha, porque ela toda, transcendia o meu olhar comum.
Nesse dia, de nosso primeiro encontro, o irmão vento se divertia junto com seu resplandescente irmão mais velho. Assoprava-a por todos os lados. Ao redor do seu corpo, dava voltas, em suas copas buscava, sem sucesso, embaralhar-lhe os cabelos crespos e viçosos e quando soprava por baixo, me inebriava com o cheiro de terra fresca, fértil.
Não me era permitido ficar indiferente a ela. Desta vez não tive que me esforçar para fazer ou não fazer algo. Simplesmente me levantei e, a passos lentos me dirigi decididamente a ela. Lembro que demorei a chegar. Foi aí que percebi que era a sua imponente que a fazia parecer próxima, enquanto distante. Assim, nesse primeiro dia, não a alcancei, embora tenha me apresentado. Ela, com esse jeito próximo-distante, me faz caminhar muito mais do que eu desejava, mas também tornou suave o que era uma caminhada íngreme.
Meu desejo era voltar a ela muitas vezes. Sentencie-me a esse destino incerto com a maior das alegrias. Não contei a ela sobre meus propósitos para que ela não me tivesse já por seu. Mas ao tocá-la enquanto me despedia, senti-a impassivelmente sabendo o que se passava comigo.
...
(Continua...em algum ditoso dia futuro!)
Num belo dia eu a vi como nunca mais veria. Tudo começou quando, corajosa e despretensiosamente, eu me afastei do centro da cidade, onde morava, e caminhando, e pensando, num liiiiiindo dia de sol, fui dar nos arredores da cidade.
Foi sentado num café, quando as leituras já não me distraiam, que levantei lentamente meus olhos e a vi, a mulher mais bela que eu havia visto neste mundo. Ela estava parada a minha frente, a uma certa distância, mas a sua presença era tão extensa que mesmo a essa distância me chegava o seu cheiro. Eu nunca havia sentido nada igual, não se tratava de um bom perfume qualquer, mas era o odor natural de uma virgindade, inconfundível, que não fazia sentido algum em estar ali, naquela parte da cidade.
O sol a iluminava toda. E eram tão perfeitas, sinuosas e harmônicas as suas partes, que eu só sabia que ela as tinha por obra intelectual, pois olhando para ela, dessa vez eu não via partes. Juro que mal vi os mais maravilhosos seios e o templo da bunda com os quais a mãe natureza havia presenteado esta filha, porque ela toda, transcendia o meu olhar comum.
Nesse dia, de nosso primeiro encontro, o irmão vento se divertia junto com seu resplandescente irmão mais velho. Assoprava-a por todos os lados. Ao redor do seu corpo, dava voltas, em suas copas buscava, sem sucesso, embaralhar-lhe os cabelos crespos e viçosos e quando soprava por baixo, me inebriava com o cheiro de terra fresca, fértil.
Não me era permitido ficar indiferente a ela. Desta vez não tive que me esforçar para fazer ou não fazer algo. Simplesmente me levantei e, a passos lentos me dirigi decididamente a ela. Lembro que demorei a chegar. Foi aí que percebi que era a sua imponente que a fazia parecer próxima, enquanto distante. Assim, nesse primeiro dia, não a alcancei, embora tenha me apresentado. Ela, com esse jeito próximo-distante, me faz caminhar muito mais do que eu desejava, mas também tornou suave o que era uma caminhada íngreme.
Meu desejo era voltar a ela muitas vezes. Sentencie-me a esse destino incerto com a maior das alegrias. Não contei a ela sobre meus propósitos para que ela não me tivesse já por seu. Mas ao tocá-la enquanto me despedia, senti-a impassivelmente sabendo o que se passava comigo.
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(Continua...em algum ditoso dia futuro!)
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